sábado, setembro 17, 2005

Cinco Tristes Tigres


Em meados da década de 90, Carlos Augusto
Soares Costa Faria, vulgo Carvalhal no mundo
da Bola (quiçá por despachar sempre a bola para o...carvalho), era o comandante das tropas da
Costa Verde na fuga à mediocridade. Objectivo
indigno, dizem uns, obra ciclópica, vociferam outros.

Para evitar rondas de escárnio e mal-dizer,
Comandante Carvalhal tinha verdadeiros
Tigres ao seu dispôr, quiçá verdadeiros arífices
da bola.

A estrela da companhia era o (quase) goleador Laszlo "Je Suis Très Content" Répasi. Este magiar senhor era um artesão dos golos, os quais fabricava de forma pura e dura,
sem ser em massa, mas com muito suor à mistura.
De meter inveja a um qualquer Karoglan.

Karoglan era um nome proibido nos balneários espinhenses, pois Répasi desprezava frequentemente o companheiro de área Bolinhas por este não ser mais parecido com o Flavi-Bracarense. Por isso e pelo nome perfeitamente imbecil, claro. Às provocações, Bolinhas quase que respondia com golos. E a gozar com o bigodinho ridículo do magiar senhor.

O braço direito de Carvalhal na defesa era Duca, primo de Manduca e
amigo de Cuca. Duca era um defesa viril para uns, caceteiro para outros, mas isso dependia do ponto de vista e da exposição televisiva às Aventuras de Paulinho Santos. Duca era fiável no centro da defensiva espinhense, mas queixava-se amiúde do hálito a bagaço do guardião Vítor Couto.

Perante tal incompreensão mútua no plantel, Carvalhal mais não poderia fazer
que se sentar triste na sua varanda e contemplar fotografias dos tempos com Filgueira e Gilmar em Chaves, terra de Baston.

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